Descobrindo o Superpoder de Viajar Sozinha

Oieee, me chamo Lahys Freire, tenho 35 anos, sou brasileira, baiana criada no dendê do extremo sul da Bahia.

Hoje atuo como educadora financeira justamente porque quero ter liberdade geográfica e poder trabalhar enquanto viajo.

Eu  sempre fui o tipo de pessoa que fazia tudo em penca rsrsrs.
Viagens com muitos amigos e familiares, shows, bares e jantares com mesa reservada para mais de dez pessoas, e eu ainda amo muito tudo isso.

Mas chegou um momento em que, por questões de tempo, localização, prioridades e dinheiro, isso não foi mais possível. E então comecei a me questionar muito sobre viagens solo. No início, era algo que definitivamente não passava pela minha cabeça. Achava inseguro, achava que talvez fosse ser chato... "com quem vou comentar olha aquilo ali?", pensava eu.

Mas a vontade de explorar foi muito maior e decidi pesquisar mais sobre o assunto e me cercar das possibilidades que poderiam dar ruim.

E assim comecei a planejar a minha primeira viagem sozinha.
E já vou dar um spoiler: amigas e amigos, viajar sozinha é viciante!

Decidi ir para Bonito, no Mato Grosso do Sul, e logo me veio a pergunta: o que pode dar errado?
Bom, segurança em primeiro lugar. Meu seguro de vida já cobria todo o território nacional, então tudo certo. Mas e na hora de escolher acomodação, agência de viagem, meio de transporte?

Busquei um equilíbrio entre preço e qualidade. Muito barato poderia significar uma localização ruim ou menos segurança, e talvez mais despesas com transporte. Muito caro, por outro lado, não fazia sentido, porque eu estava lá pela viagem, não pela cama ou pela piscina. Gastar com essas facilidades e não usar seria, na verdade, um desperdício de dinheiro, e isso não combina comigo.

Passei dias salvando acomodações e lendo reviews (aliás, deixem sempre reviews, elas ajudam muito nós, viajantes!). Teria sido mais fácil se eu tivesse achado tudo em um só app, tipo aqui no Budget Bro, mas não tinha, então gastei horas pesquisando.

Depois de muita análise, cheguei à conclusão de que, para o meu estilo de viajante, o hostel era a melhor opção. Assim eu poderia fazer novas amizades e, consequentemente, baratear passeios, porque passeios privativos, meus amigos, são uma fortuna!

Também encontrei uma agência de turismo local que vendia passeios com antecedência. Como era minha primeira viagem solo, quis evitar possíveis erros, então comprei tudo antes. Gosto de organizar minhas viagens assim: quando chego ao destino, só me preocupo com a diversão e as memórias, porque as contas já estão todas pagas!

E as fotos?
Ah, claro! Comprei também um tripé com controle remoto, que me permitiu registrar tudo e guardar essas recordações. E lá fui eu!

Viajar sozinha é como um mergulho na alma.
Você fica 100% dependente de si mesma: seu humor depende de você, o que fazer depende de você, se o dia vai ser bom ou não também depende de você. É uma verdadeira imersão em autoconhecimento.
Parece que, por tudo depender só de você, seus sentidos se aguçam: você fica mais aberta ao inesperado, mais atenta aos sons, aos cheiros, às paisagens... tudo fica mais nítido.

E, por estar nesse "modo exploradora", você se permite muito mais. Nessas viagens conheci muuuita gente bacana, pessoas com quem mantenho contato até hoje. Você aprende com as histórias dos outros e deixa um pedacinho da sua com eles também.

Essa foi a primeira de muitas. Depois de Bonito vieram Jericoacoara, Itacaré e tantos outros destinos. Com o tempo fui entendendo melhor quem eu sou e qual é o meu estilo de viajante. Cada viagem foi única.

Mas o melhor de tudo foi o superpoder que eu ativei em mim: o de GOSTAR DA MINHA PRÓPRIA COMPANHIA E ENTENDER MEUS PRÓPRIOS LIMITES. Isso não só muda a forma como a gente se relaciona consigo mesma, mas também deixa todos os outros relacionamentos muito mais saudáveis.

E foi assim que decidi mudar de país. Fui morar na Austrália, a terra dos cangurus!

Pense numa loucura: eu não falava inglês e, ainda assim, foi a melhor decisão da minha vida.

Essa experiência abriu ainda mais a minha mente. Vivi uma verdadeira imersão cultural e, de lá, ainda consegui conhecer vários outros países, como a Indonésia, por exemplo!

Afff, como eu amo explorar novas línguas, culturas e modos de viver!

E, amigas, se tem algo que eu posso dizer com toda certeza, é: viajem sozinhas!

Desbloqueiem esse superpoder em vocês e vejam a mágica acontecer ao redor.

Hoje, passei de viajante solo a viajante de casal, porque em uma dessas aventuras encontrei um doido igual a mim, também se aventurando por aí. E olha que coisa linda: agora somos dois viajantes solo que aprenderam sobre si mesmos e hoje compartilham viagens e aprendizados juntos.

E é isso, meu povo: viajem!
Porque o que levamos da vida não são bens materiais, mas as memórias que colecionamos ao longo dessa linda viagem chamada vida.
Bjs Lay